Instituto Pensar - Carlos Siqueira responsabiliza governo Bolsonaro pela volta da inflação

Carlos Siqueira responsabiliza governo Bolsonaro pela volta da inflação

por: Iara Vidal 


Foto: Humberto Pradera

O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, atribuiu a volta da inflação à ausência de projeto do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O dirigente comentou que os mais prejudicados pela carestia são os grupos mais vulneráveis. 

Siqueira usou as redes sociais para afirmar que o retorno da inflação, associado à destruição de direitos promovida pelo chefe do Executivo, é uma tempestade que une a crise do coronavírus a um desastre socioeconômico. 

"A inflação está de volta e, como sempre, atinge de forma direta os mais vulneráveis. Obra ? de autoria inquestionável ? de um governo sem projeto, a não ser o de destruir direitos adquiridos por meio da democracia. Tempestade perfeita: pandemia e desastre socioeconômico?, escreveu o líder socialista.

Taxa Selic subirá pela primeira vez desde 2015

Para evitar que acelere a escalada da inflação, o Banco Central deve elevar a taxa básica de juros pela primeira vez desde 2015. A expectativa de analistas é de que a medida, de um lado, desacelere a inflação e, de outro, fragilize ainda mais a economia em plena pandemia da Covid-19. 

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Em um cenário com forte inflação dos alimentos e combustíveis e aumentos sucessivos do dólar, o Comitê de Política Monetária (Copom) começa nesta terça-feira (16) a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Nesta quarta-feira (17), ao final do dia, após a segunda parte do encontro, será anunciada a decisão.

Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras é de que a Selic deve subir de 2% ao ano para 2,5% ao ano. A expectativa de alta está no boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2021, o mercado prevê que a taxa estará em 4,5% ao ano.

Instrumento para conter inflação

Atualmente, a Selic está no seu menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

A taxa Selic também é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto ? comprando e vendendo títulos públicos federais ? para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta de inflação

Para 2021, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo Copom, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%. Para 2022, a meta é 3,5%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Até alguns meses atrás, as instituições financeiras projetavam inflação abaixo do centro de meta. A situação, no entanto, mudou e os analistas consultados no boletim Focus agora projetam que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminará o ano em 4,6%. Para 2022, a estimativa está em 3,5%.

Com informações da Agência Brasil



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